Cinema de rua: histórias além do roteiro

Para esta semana, mais um post superespecial da nossa expert em rolês urbanos, Vanessa Bocchi. Desta vez, ela nos apresenta um panorama dos cinemas de rua em São Paulo, nos dando ótimos motivos para visitar esses espaços que tanto dizem sobre nossa cidade e cultura, mas que comumente não frequentamos. A Mostra de Cinema de São Paulo começa hoje, espalhada por diversos cinemas de rua de São Paulo, então fica a dica 🙂

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Noitão do Belas Artes. Quem nunca?
Crédito da imagem: Letícia Godoy

Semana passada, andava pela Rua Fradique Coutinho, em Pinheiros, onde moro há pouco mais de dois anos. Passei em frente ao Cinesala, cinema de rua tradicionalíssimo paulistano (se encontra no mesmo local desde 1962, com diferentes nomes ao longo dos anos). Sem compromissos agendados para a tarde, cogitei conferir a próxima sessão disponível, quando me dei conta que, naqueles últimos dois anos, havia ido ao Cinesala duas únicas vezes. Número baixíssimo para uma pessoa que se considera cinéfila e mora a um quarteirão do cinema, certo?

Depois de alguns bons minutos assimilando esse fato, comecei a tentar listar os motivos para que essa frequência fosse tão baixa. Seria por achar muito caro? Ou o comodismo de ter o combo sofá + TV me aguardando em casa do outro lado da Teodoro Sampaio era tentador demais para resistir?

Assumi para mim mesma que ambos os motivos eram verdadeiros (e não me orgulho de como o segundo me faz parecer preguiçosa, juro).

Com isso em mente, dediquei um tempo a pesquisar e escrever sobre cinemas de rua, mas não queria elaborar um ranking dos melhores e mais bonitos de São Paulo, como vejo constantemente pela internet. Queria engatar uma discussão sobre a importância de frequentá-los e percebendo ao mesmo tempo o papel deles na cidade, tanto na questão cultural quanto urbana.

Os cinemas de rua eram muito comuns na década de 60 e 70, mas ao longo dos anos que trouxeram exponenciais avanços tecnológicos, as redes de exibição preferiram investir em complexos com um grande número de salas dentro de shopping centers, aliando o cinema à sua área de lazer. Hoje são poucos os cinemas propriamente de rua espalhados pela cidade.

Abaixo, procurei listar os principais motivos para incluirmos esses incríveis espaços culturais e de entretenimento no nosso próximo roteiro de lazer.

 

Seleção dos Filmes

Chaplin aprova este cinema.
Crédito da imagem: Divulgação

O primeiro pensamento que vem à mente quando falamos de cinema de rua é a escolha da programação. Expressões como “filmes cult” ou “filmes cabeça” sempre aparecem no assunto e, se às vezes esses podem não ser os termos mais apropriados, não podemos negar que a maior parte do circuito de exibição dessas salas escolhem filmes que vão na contramão dos blockbusters, preferindo exibir filmes independentes, de pequenas distribuidoras, ou até mesmo realizando pequenas mostras de filmes clássicos e participando de festivais cinematográficos.

 

Ambientação

Um elemento diferencial desses empreendimentos são os espaços onde estão construídos, seu design arquitetônico e decoração. Não há comparação entre qualquer sala de um grande complexo de shopping com o Cine Marabá, por exemplo. Inaugurado em 1944 e tombado como patrimônio histórico, seu grande salão de entrada, lustres e fachadas passaram por uma restauração em 2009 e hoje o cinema abriga cinco salas de exibição.

Também vale conferir o Cinearte no Conjunto Nacional e sua aparência que remete a um grande teatro, além de outras salas cuja decoração é uma atração à parte. É o caso da Cinesala, com pôsteres de filmes clássicos espalhados pelas paredes (desde Monty Python até Trainspotting) e mobiliário de Ruy Ohtake e Zanine Caldas.

Ache o Wes Anderson na parede.
Crédito da imagem: Divulgação

 

História e Urbanismo

Se traçarmos uma rota pela cidade abrangendo a localização desses cinemas, temos mais do que um circuito de passeio, temos também um trajeto que conta a história da cidade. A localização do próprio Cine Marabá, na Av. Ipiranga, já diz muito sobre o cenário cinematográfico da época. Pertencente ao empresário paulista Paulo Sá Pinto, ele foi construído em frente ao antigo Cine Ipiranga, que pertencia ao espanhol Francisco Serrador, dono na época de um grande número de complexos na cidade. A escolha do local foi uma clara mensagem de oposição à hegemonia de Serrador nos cinemas paulistanos.

73 anos e contando.
Crédito da imagem: Divulgação

A Cinemateca Brasileira já teve suas projeções e eventos organizados no antigo Cine Fiametta (hoje o Cinesala!) até que, em 1992, a prefeitura cedeu o complexo tombado do Matadouro Municipal para abrigar sua vasta coleção de filmes. Ao longo dos anos, o espaço passou por diversas reformas e hoje nele também se encontra a Biblioteca Paulo Emilio Salles Gomes, que conta em seu acervo com quase 5.000 livros, revistas brasileiras e estrangeiras, estudos acadêmicos e diversos cartazes de filmes para fazerem a alegria de qualquer cinéfilo.

 

Matadouro? Que matadouro?
Crédito da imagem: Dario de Freitas

Infelizmente, quando falamos hoje do impacto desses cinemas nas metrópoles, o assunto é sempre acompanhado por um tom pessimista e nostálgico, já que a desativação da grande parte deles ao longos dos anos em todo o Brasil deixa um buraco na memória urbana e arquitetônica das cidades, alterando paisagens e a identificação dos polos culturais nos bairros.

Porém, para olhares mais otimistas, como o de Márcia Bessa e Wilson Oliveira Filho no excelente artigo “Nas ruas dos cinemas, cinemas nas ruas, cinemas de rua: a cidade como uma questão cinematográfica”, isso também significa que os espaços que ainda permanecem são um lembrete diário de sobrevivência e de revitalização de nossas áreas urbanas.

 

Manutenção

Falar sobre a importância histórica e de como a ambientação de um cinema de rua é muito mais agradável do que um shopping center é mais do que válido. Agora, quando olhamos para dentro da indústria das salas de exibições e entendemos como os pequenos espaços passam por ainda mais obstáculos para se manterem ativos, os motivos para os apoiar ficam ainda mais escancarados e deveriam influenciar na hora de escolher onde assistir ao próximo filme.

Por seu número reduzido de salas e seleção dos filmes exibidos (já discutido anteriormente), o lucro dificilmente é proveniente do faturamento da bilheteria. No modelo de negócio atual, as distribuidoras ficam com a maior parte do dinheiro arrecadado pelos filmes. Segundo o Sebrae, a lucratividade está baseada nos serviços complementares, como alimentos e bebidas, venda de espaço de mídia, aluguel da sala para eventos, etc. Tudo isso tem que acomodar os gastos elevados desse tipo de entretenimento, considerando equipamentos, estrutura e manutenção das salas.

Tudo isso complica ainda mais quando pensamos na concorrência. No mercado de exibidoras, os complexos com mais de 5 salas representam hoje quase 70% do faturamento desse mercado (Ancine, 2015).

 

Para os créditos finais…

Cada tópico abordado poderia se estender muito mais (há ótimos livros sobre o assunto, a história dos cinemas de rua cariocas, por exemplo, é riquíssima e recomendo muito o estudo), mas a mensagem que deixo é que há motivos para incluir esses cinemas no seu próximo passeio, que se torna ainda mais rico quando valorizamos a história e o cuidado que foi investido ali.  

Infelizmente, a oferta atual dos cinemas de rua não atende aos bairros mais periféricos (e isso já renderia um outro post). Por outro lado, a maioria desses cinemas possui fácil acesso através de transporte público. Tentem marcar já na agenda uma visita a um deles o mais rápido possível e passem pela experiência de irem ao cinema para curtir e absorver muito além do filme.

Referências

Márcia Bessa e Wilson Oliveira Filho, « Nas ruas dos cinemas, cinemas nas ruas, cinemas de rua: a cidade como uma questão cinematográfica », Ponto Urbe [Online], 15 | 2014, posto online no dia 30 Dezembro 2014, consultado 13 Agosto 2017. URL : http://pontourbe.revues.org/2536 ; DOI : 10.4000/pontourbe.2536

Paulo Roberto Elias, « Cinemas de rua » consultado 13 Agosto 2017. URL : http://webinsider.com.br/2013/01/03/cinemas-de-rua/

Arte das fotos: Ivan M. Franco

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Vanessa Bocchi é formada em Rádio e Televisão pela Faculdade Cásper Líbero, onde desenvolveu e praticou sua paixão pelo Cinema através da escrita de roteiros e produção de curtas-metragens. Hoje atua como publicitária, adora um bom café coado na Hario e divide seu tempo de lazer entre o eixo Pinheiros (SP) – Ipanema (RJ).

Refúgios Produtivos

Car@s leitor@s,

De autônomo para autônomo, pode me confessar: às vezes, você precisa sair de casa para trabalhar. Encontrar-se num ambiente que não é o de sempre, tomar um café diferentão ou simplesmente aquele que você tanto gosta, estar em meio a pessoas que não fazem parte da sua rotina. Pensando nessa necessidade, e para tornar essa experiência a melhor possível, nossa convidada Vanessa Bocchi escreveu um post MA-RA sobre os melhores cafés para se trabalhar em São Paulo, com foco na zona oeste e centro. Coisa mais linda saber onde há tomadas nesta metrópole 

Se você não é de Sumpaulo, não fique triste. Estamos buscando parceiros para para fazer outras edições regionais do post. Se você manja dos paranauês, escreva pra gente em ola@www.littlebrownmouse.com.br/toca-do-mouse.

Avante!

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Já ouvi de amigos várias vezes a pergunta “você gosta mesmo de café, não?” quando aviso que quero ir logo mais a alguma cafeteria. Sim, gosto muito de café, mas cafeterias hoje representam muito mais do que uma pausa para um cafezinho depois do almoço. Com cardápio rico em variedade de bebidas e comidinhas, ambientes bem planejados, aconchegantes e tech-friendly, os cafés paulistanos estão se revelando cada vez mais como verdadeiros espaços que suprem as necessidades tanto daqueles que querem se reunir para um bate-papo com outras pessoas, quanto para quem necessita destinar um tempo sozinho para focar no trabalho ou em projetos pessoais.

Pensando nesse segundo grupo, as cafeterias da cidade estão se adaptando gradativamente para oferecer a melhor estrutura necessária para transformar seus espaços em verdadeiros refúgios produtivos para aqueles que trabalham por conta própria, já que às vezes ficar em casa não é uma opção (alguém mais sofre com esse monstrinho chamado procrastinação?). Algumas cafeterias mudaram até a forma de cobrar por um café, cobrando agora pelo tempo de permanência, como é o caso da Lemni (mais sobre ela daqui a pouquinho).

Por mais que estejamos presenciando nos últimos anos uma efervescência no mercado de cafeterias na capital paulista, não são todas que atendem a um requisito mínimo para oferecer essa estrutura aos clientes. Por incrível que pareça, um wi-fi que funcione bem e até algo simples como presença de tomadas podem ser itens que não encontramos com facilidade em todas elas.

Por isso que ao longo dos últimos anos fui colecionando cafeterias que preenchem todos os requisitos básicos para se tornarem um espaço ideal de concentração fora de casa: conforto, wi-fi, tomadas, boa trilha sonora e sensação de tranquilidade não importando o número de pessoas que a frequentam.

Então divido abaixo com vocês meu top 10 de cafeterias paulistanas perfeitas para sentar com seu computador e deixar a produtividade fluir, sem ordem de preferência:

 

UM Coffee Co. (Bom Retiro)

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Como não amar um lugar que serve o café em xícaras de diversos tamanhos e cores?

Com ambiente clean e bem iluminado, a unidade do Bom Retiro da UM Coffee Co. conta com uma equipe bem preparada para te atender e te deixar à vontade.

📍R. Júlio Conceição, 553 – Bom Retiro, São Paulo

 

Béni Café

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Não deixe os inúmeros sabores de bolos e tortas fazerem você perder o foco.

Também localizada no Bom Retiro, essa espaçosa cafeteria oferece uma decoração que proporciona um aspecto bonito e aconchegante. A impressão que temos é de estar num espaço com vários ambientes diferentes (o cantinho do sofá com objetos vintage é o meu favorito).

📍 R. Lubavitch, 79 – Bom Retiro, São Paulo – SP

 

Sofá Café (Atrium)

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Vista e local com aquela carinha de Pinterest (com direito até à espelho d’água).

Com outras unidades em São Paulo, a unidade Atrium do Sofá Café é a que possui o ambiente mais limpo e adaptado para computadores. Sua área externa oferece um ótimo local para trabalhar, com diversas tomadas, iluminação através de lâmpadas que dão um toque charmoso na sacada, com vista para a rua Artur de Azevedo.

📍 R. Artur de Azevedo, 514 – Pinheiros, São Paulo – SP

 

Latte’liê

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Na lousa, letreiros como “Coffee To The Future” e “Jurassic Coffee” deixam qualquer movie nerd em êxtase.

Localizado na Vila Pompeia, essa simpática cafeteria é a escolha perfeita para trabalhar ou estudar pela região, proporcionando um lugar pequeno e tranquilo para permanecer por bastante tempo. Sua decoração brinca com nomes da cultura pop e sua equipe está pronta para te oferecer um excelente atendimento.

📍 Rua Cotoxó, 569 – Perdizes, São Paulo – SP

 

Cafelito (Pinheiros)

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Geladeira com diversas opções de take-out food e uma hortinha super simpática também fazem parte do ambiente.

Com um deck invejável (ao sábados passarão a acontecer sessões de jazz à tarde, fica a dica de passeio!), o Cafelito da rua Francisco Leitão oferece diversos ambientes tanto para quem quer tomar um café reforçado ou almoçar, quanto para quem precisa realizar uma reunião de negócios.

📍 R. Francisco Leitão, 266 – Pinheiros, São Paulo – SP

 

Casinha Bistrô & Café

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Procurando decoração fofa, francesinha com pitada carioca da hostess? Então achou.

Lugar mais charmoso e acolhedor de São Paulo. Comandado pela querida Simone, ela diz que seu propósito é ser realmente isso: ter um lugar para receber pessoas e suas histórias. Sempre com alguma temática interessante (na semana de aniversário da Marilyn Monroe, ela espalhou fotos da atriz pelo espaço), ela também possui uma decoração de dar inveja a muitas casas por aí. Passe lá, fique à vontade, bata um papo com ela enquanto prova sua torrada de queijo com banana que beira a divindade.

📍 R. Sebastião Velho, 144 – Pinheiros, São Paulo – SP

 

Isso É Café (Beco do Batman e Mirante 9 de Julho)

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No Mirante, tem dias em que você pode emendar o trabalho com um happy hour ao som dos melhores DJs ou até com uma sessão de cinema ao ar livre. Precisa de mais?

Neste item, vou roubar no jogo e indicar as duas unidades do Isso É Café, ambas incríveis de maneiras diferentes. A vista do Mirante é um espetáculo à parte, enquanto o ambiente intimista da filial do Beco do Batman (que funciona junto ao um coworking) oferece todos os recursos para uma tarde produtiva ao redor dos grafites do beco.

Mirante 9 de Julho

📍  R. Carlos Comenale, s/n – Bela Vista, São Paulo – SP

Beco do Batman

📍  Travessa Alonso, 15 – Vila Madalena, São Paulo – SP

 

HM Food Café

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Tenha autocontrole e não acabe com toda a deliciosa água saborizada do balcão.

Com um ambiente moderno e minimalista, no HM Food Café você consegue trabalhar enquanto prova algum item do seu cardápio mais do que elogiado pelos frequentadores – a tostada de abacate é famosíssima – e lê a última edição do MECA Jornal.

📍  R. Ferreira de Araújo, 1056 – Pinheiros, São Paulo – SP

 

Cupping

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Mapas e explicações sobre o mundo cafeeiro nas paredes farão você sair do Cupping praticamente um expert em cafés.

Ir ao Cupping é garantia de que você encontrará tranquilidade, um bom wi-fi e (infinitas) tomadas para ficar à vontade enquanto toma uma das opções de café coado (aproveite o entusiasmo dos baristas que explicam com detalhes as diferenças entre todos os métodos).

📍  R. Wisard, 171 – Vila Madalena, São Paulo – SP

 

Veganeria Stuzzi

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Trabalhe duro e se presenteie com um sorvete da Stuzzi ao final da visita.

Lindo espaço na charmosa rua Harmonia, de frente para uma revistaria – o que dá um toque a mais a todo o charme. Diversas opções de comida e sobremesas veganas com uma trilha sonora que combina com o charme do lugar.

📍  Rua Harmonia, 506 – Sumarezinho, São Paulo – SP

 

Menção Honrosa: Lemni

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Saudade Lemni Pinheiros <3

Como Pinheirense (pessoa privilegiada que mora no bairro de Pinheiros), sofri ao saber que o Lemni estava de mudança para a Santa Cecília. Além de ter um espaço incrível, o sistema de pagar pelo tempo e se servir à vontade com as opções do dia no balcão é perfeito para quem passa horas com o computador ou em reuniões por lá. Ainda não conheço o novo Lemni, mas corrigirei isso assim que possível 😉

Novo endereço:

📍  Rua General Jardim, 43 – Vila Buarque, São Paulo – SP

 

Arte das fotos por Ivan M. Franco.

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Sobre a autora:

nessa

Vanessa Bocchi é formada em Rádio e Televisão pela Faculdade Cásper Líbero, onde desenvolveu e praticou sua paixão pelo Cinema através da escrita de roteiros e produção de curtas-metragens. Hoje atua como publicitária, adora um bom café coado na Hario e divide seu tempo de lazer entre o eixo Pinheiros (SP) – Ipanema (RJ).