Dia Nacional dos Surdos

Caros leitores e leitoras,

Hoje, em celebração ao Dia Nacional dos Surdos, trazemos uma programação toda especial! Pela primeira vez na história do blog, publicamos uma tradução livre de um artigo que adoramos, feita com o carinho costumeiro pela nossa tradutora Paula Barreto.

Trata-se de uma matéria do site The Guardian sobre como o uso das legendas descritivas, ou closed captions, vem aumentando e ajudando até mesmo pessoas não surdas a compreender melhor os conteúdos audiovisuais. O texto mergulha a fundo no uso das legendas descritivas em vários cenários, inclusive a criação de memes.

Mas, acima de tudo, a matéria dá voz à comunidade surda na sua luta pela normalização das legendas, para que surdos e não surdos estejam em pé de igualdade, seja ao escolher uma série na Netflix ou entrar numa sala de cinema. E nós assinamos embaixo!

Além de ler esse textão incrível, passe nas nossas redes sociais para acompanhar o que preparamos para esse dia tão importante!

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Luzes, câmera, caption! Por que as legendas não servem mais apenas para deficientes auditivos.

Uma grande quantidade de pessoas sem problema de audição está dando preferência a assistir conteúdos legendados. Por quê? Será que as legendas deveriam se tornar o padrão?

“Minha tia foi comida por vespas.” A palavra para vespa em inglês, wasp, é também a grafia da sarcástica expressão W.A.S.P. – branco, anglo-saxão e protestante.
O meme, retirado da série Sex Education, é uma imagem da conta de Twitter No Context.

“Legendas não são só para os surdos”, diz o tweet que foi o início de tudo. “Muitos amigos meus com audição perfeita também as usam. Se você não é surdo e ativa as legendas na Netflix e na TV e gostaria de vê-las no cinema também, dê um retweet para que elas se tornem a norma!”

O post recente de @deafgirly (Deafinitely Girly) acumulou rapidamente 75.000 likes e uma enxurrada de respostas. “Eu fiquei confusa inicialmente quando vi que o post tinha bombado”, disse a blogueira londrina de 30 anos, que prefere ser chamada pelo seu nome de usuário do Twitter. “Eu saí para almoçar com a minha mãe e não parou de chegar notificação no meu celular. Mas fiquei muito satisfeita com o apoio global de gente de todas as idades às legendas. Até as pessoas que não gostam de legendas no cinema disseram que as aturariam para que os surdos pudessem ir a mais exibições de filmes.” Uma mulher até contou para DG que ativa as legendas quando está muito chapada para ver suas séries favoritas.

Como o tweet e suas muitas respostas deixaram claro, não são apenas os surdos que contam com as legendas em 2019. O que já foi uma questão de acessibilidade e um alicerce das exibições em línguas estrangeiras está se tornando uma parte inevitável dos conteúdos audiovisuais. Em um artigo para o site americano The Outline publicado no início do ano, o jornalista Sean Neumann afirmou que a legenda salvou sua relação com “Game of Thrones” ao permitir que ele lesse e processasse grandes quantidades de informação a cada episódio (“Espera, quem é Lord Mormont mesmo? É a mesma pessoa que Ser Mormont?”).

Em outras mídias, memes de TV com falas legendadas viraram padrão nas redes sociais. Contas de Twitter No Context (Sem Contexto), que separam falas do roteiro de uma série do seu significado original, estão crescendo.

“Você acha que a Margot Robbie curte filosofia?”
Imagem da série The Good Place.

Muitas das respostas que DG recebeu eram de adolescentes e jovens na casa dos vinte e poucos anos dizendo que gostam de legendas porque assim podem fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Além disso, considerando que as séries de TV muitas vezes estão cheias de sons ambientes ininteligíveis (sendo a mais recente delas “The Virtues”, de Shane Meadows), não é de se espantar que as legendas estejam por toda parte.

Um estudo surpreendente de 2006 do Ofcom (o órgão regulador da mídia britânica) estimou que apenas 1,5 milhão dos 7,5 milhões de telespectadores britânicos adeptos das legendas têm deficiência auditiva. A estatística pode ser de 13 anos atrás, mas o órgão regulador diz: “Nossa percepção é de que o uso de legendas vem aumentando conforme o aumento do uso de aparelhos móveis e smart, já que cada vez mais pessoas estão assistindo a programas e vídeos enquanto se locomovem.”

Christina McDermott, que trabalha com redes sociais, explica essa mudança mais detalhadamente. “Não tem nada pior do que você estar sentada quietinha em um lugar e um conteúdo que viralizou e sua mãe botou no Facebook começar a tocar bem alto”, diz ela, acrescentando que as legendas podem fisgar pessoas desinteressadas. “Da perspectiva da indústria, estamos sempre procurando vídeos curtos que façam as pessoas parar de rolar a tela e parar o que estão fazendo para assistir até o final.” Ela diz ainda que até 85% dos vídeos do Facebook são assistidos sem áudio – portanto, com legendas.

“Quero me mover como uma chita.”
Uma viagem de volta ao cinema mudo. Imagem de Parks and Recreation.

Esse conceito de atrair a atenção dos espectadores usando texto em vez de elementos visuais levou a jornalista do “New York Times” Amanda Hess a apontar que “videomakers bombados na internet estão reutilizando as mesmas técnicas adotadas no cinema mudo de 100 anos atrás”.

Cada vez mais as pessoas assistem TV por influência das redes sociais, e a TV, por sua vez, as leva de volta a essas mesmas redes. O reality show “Love Island”, por exemplo, gera uma nova quantidade de influencers do Instagram a cada temporada. Enraizado nesse ciclo está uma cultura de memes que significa que quem é rápido o suficiente para postar a imagem de uma cena já com legenda pode se deparar com likes e retweets na casa dos cinco dígitos. E, claro, há as contas No Context, nas quais até os criadores de conteúdo estão se aventurando. O Twitter oficial da série “Sex Education”, da Netflix, é chamada “no context sex education” e posta apenas imagens do programa.

Mollie Goodfellow, escritora e criativa focada em redes sociais, acredita que ativar as legendas é “bem mais fácil do que criar as próprias legendas mentalmente”. Mas essa não é a única razão para ela assistir conteúdos com auxílio de texto. “Eu uso legendas desde que sou adolescente”, diz. “Não tenho nada diagnosticado (como TDAH), mas se tem muita coisa acontecendo no lugar em que estou, ou então se estou assistindo a um filme de ação barulhento, é mais fácil para mim ativar as legendas.”

[urinando energicamente]
Exagero de informação? Orange is the New Black.

Intrigantemente, parece que as legendas atraem principalmente crianças. Henry Warren é o cofundador da Tots, ou Turn on the Subtitles (Ativem as Legendas), uma campanha nova que solicita aos criadores de conteúdo que adicionem legendas nos programas voltados para crianças em idade escolar. Inspirado pela pesquisa feita pelo acadêmico indiano Brij Kothari, Warren e seu parceiro de negócios Oli Barrett decidiram ver se as redes de televisão prestariam atenção em dados que conectam o uso de legendas a um grande aumento no nível de alfabetização.

“A estatística (em estudos já existentes) parecia boa demais para ser verdade”, Warren me conta entre reuniões com grandes emissoras britânicas. “Então tentamos entender melhor e encontramos vários experimentos de rastreamento ocular diferentes que confirmavam os dados. Quando as crianças conseguem decodificar cinco palavras ou mais, elas realmente começam a acompanhar a leitura.”

Warren pensa no papel do Tots como uma conexão entre instituições acadêmicas, como a National Literacy Trust, e as grandes emissoras, a princípio com o objetivo de fazer com que as legendas se tornem um padrão em programas voltados para crianças de 6 a 10 anos. “Acho que vai chegar uma hora que nem vamos mais pensar nisso”, ele diz. “As legendas simplesmente estarão lá.”

Como é? …alguns espectadores acharam The Virtues ininteligível.
Fotografia: Channel 4

Mas o que os surdos acham disso? Anna Gryszkiewicz, que tem 39 anos e mora em Östergötland, na Suécia, foi diagnosticada com perda auditiva neurossensorial aos 20 anos e começou a usar legendas. Ela vê o aumento do uso de legendas como uma evolução positiva. “Tem sido muito mais fácil achar ou solicitar legendas hoje em dia do que 15 anos atrás.” E acrescenta: “Os surdos vivem melhor atualmente.”

O avanço da tecnologia traz consigo preocupações sobre a qualidade das legendas. O YouTube muitas vezes usa legendas truncadas, feitas por máquinas. “Minha maior preocupação é confiar demais em tecnologias como as legendas automáticas”, diz Gryszkiewicz. “Sou engenheira e adoro tecnologia, mas não podemos nos esquecer dos aspectos sociais da perda de audição. Linguagem, comunicação e interações sociais são coisas complexas. As consequências da perda de audição ou da surdez não são o que as pessoas imaginam, e o impacto que isso tem na comunicação é muitas vezes subestimado.”

“Eu entendo que legendas de qualidade e outras ferramentas de acessibilidade são caras, e é justo usar tecnologia para reduzir custos, mas espero que levem a sério nossas opiniões quando tentamos explicar qual tipo de acessibilidade é útil e qual não é.”

Para acompanhar melhor, pessoas usam cada vez mais legendas em trens barulhentos.
Fotografia: David Gee/Alamy Stock Photo

Essa questão de alguns programas terem legenda e outros não, assim como o formato dessas legendas, é refinada por Jess Reid, da instituição beneficente Action on Hearing Loss. “O Ofcom afirma que um terço dos serviços on-demand não possui nenhum tipo de legenda”, ela diz. “Na última semana, recebemos reclamações devido ao fato do ‘Britain’s Got Talent’ ter legenda quando exibido na TV, mas não no serviço on-demand. E isso é apenas um exemplo. Recebemos frequentemente reclamações sobre programas de TV populares, de ‘Game of Thrones’ a ‘Love Island’, porque pessoas surdas e com perda de audição ainda não estão sendo levadas em conta.”

No entanto, os criadores de conteúdo têm suas objeções. Elliott Arndt, diretor de clipes musicais e curtas, tem oposições estéticas em relação às legendas. “Eu gosto de usá-las como elemento gráfico de uma produção, além da habitual ferramenta de informação”, diz ele. “Mas não é sempre que faço isso. Às vezes eu preferiria não ter que inserir legendas para manter a imagem limpa, mas a mensagem que estou tentando passar requer a presença delas. Nesse caso, tento torná-las parte do vídeo de uma maneira interessante, como, por exemplo, uma imagem que aparece para destacar certas palavras em momentos diferentes. Eu acho que para muita gente é difícil se sentir imerso na imagem se a pessoa tem que ficar lendo algo que ‘está na imagem’.”

Porém, como muitos outros, Arndt concorda que a popularização das legendas tem mais vantagens do que desvantagens, já que torna conteúdos audiovisuais mais acessíveis, compreensíveis e dinâmicos. “Tornar as legendas obrigatórias pode ser uma maneira interessante de incentivar as pessoas a criar um sistema novo”, ele diz. “Algo que não estrague a experiência visual, mas que seja adequado às necessidades de todos.”

Deafinitely Girly está totalmente otimista com as possibilidades. “Quanto mais pessoas usarem legendas, melhor”, diz ela. “Seria ótimo se fossem obrigatórias para todos os serviços de streaming e para pelo menos 50% das sessões de cinema.” Essa mudança permitiria que ela fosse ao cinema nos finais de semana assistir a lançamentos com o marido, que não tem nenhum grau de surdez. Além disso, isso significaria ter um padrão inclusivo, e não exclusivo.

“Minha surdez me deixa muito isolada às vezes”, diz DG. “Eu perco as piadas dos vídeos nas redes sociais, conteúdos viralizados não significam nada para mim e não posso acompanhar as notícias recentes de que todos estão falando no Twitter. Se as legendas fossem universais, isso mudaria completamente.”

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Os memes foram retirados da matéria original e traduzidos/explicados na legenda. Acesse o original aqui.

A LBM em cartaz: “Depois do Casamento” e “Midsommar”

Opa! Que bom ver você por aqui 🙂

Estamos de volta nesta quinta ensolarada do capeta para contar sobre nossas estreias da semana. Preparados?

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DEPOIS DO CASAMENTO

Distribuído aqui no Brasil pela nossa querida Diamond Films, o longa estrelado por Michelle Williams e Julianne Moore é um remake do filme dinamarquês de 2006 com o mesmo nome. Nossa colaboradora Paula Barreto, que trabalhou no filme, conta mais sobre:

“Tudo começa quando Isabel (Michelle Williams) tem que viajar aos Estados Unidos em busca de doações para o orfanato que gerencia na Índia. Em Nova York, ela conhece Theresa (Julianne Moore), uma mulher bem-sucedida dona de sua própria empresa que está considerando se deve ou não doar uma grande quantia para ajudar o orfanato. Surpreendentemente, Isabel é convidada para ir ao casamento da filha de Theresa, e sua vida dá uma guinada de 360 graus depois do evento.

Extraímos uma legenda que mostra o grau de determinação envolvido.

Depois do Casamento é um filme sensível e delicado, mas não se engane: ele também trata de assuntos seríssimos, como maternidade, abandono, luto e amor ao próximo. É impossível não se emocionar com a perseverança e persistência de Isabel, apesar de ser uma mulher austera, ao tentar conseguir fundos para o orfanato que tanto ama. Ela tem uma ligação forte com as crianças órfãs, que são sua família, e, além de batalhar para dar a elas uma vida melhor, trata todas com muito amor e carinho. Theresa, apesar de ter seus momentos de severidade, também tem muito amor para dar: é uma mãe exemplar para a filha adulta e os dois filhos criança, além de ser uma esposa amorosa e companheira. São duas mulheres fortes, batalhadoras, bem-sucedidas e, acima de tudo, muito ligadas à família. Nós bem sabemos que não existe apenas uma configuração de família, e o ratinho aposta que você vai se identificar muito com a matriarca das duas famílias!

Para quem quer se emocionar no escurinho do cinema, esse filme é uma ótima pedida! Compre uma pipoca e um refri, se aconchegue na poltrona, leve um lencinho para enxugar as lágrimas e bom filme!”

Tamo junto, Michelle.

MIDSOMMAR – O MAL NÃO ESPERA A NOITE

Nossa segunda estreia do dia é o surpreendente terror diurno de Ari Aster, distribuído pela Paris Filmes. Quem acompanha o portfólio da LBM sabe que, ano passado, legendamos Hereditário, o filme de estreia do diretor que foi intensamente aclamado pela crítica.

O filme mostra a viagem de um grupo de jovens americanos à Suécia, onde testemunharão as festividades do solstício de verão pela primeira vez. Antes mesmo do embarque, as tensões já estão acumuladas entre alguns dos participantes e, chegando ao destino, os acontecimentos parecem contribuir para os conflitos. A noite praticamente não dá as caras durante todo o filme, os desdobramentos sinistros vão acontecendo à luz do dia e, bem… A gente fica confuso!

Esse gif resume bem o filme!

Não queremos dar spoilers, mas recomendamos fortemente uma ida ao cinema. Para tanto, deixamos aqui uma legenda… intrigante:

A produção também contou com acessibilidade completa do ratinho. Em conversa exclusiva com o mouse, Fernanda Leme, da nossa equipe de audiodescrição, comentou que a montagem se utiliza muito de planos abertos, o que significa que muitas coisas estão ocorrendo ao mesmo tempo. Assim sendo, é mais difícil selecionar qual informação é a prioritária para o espectador. Numa nota mais pessoal, ela recomenda muita atenção aos detalhes da obra, pois ela traz pistas constantes nos adereços e artes que, com sutileza, contam histórias também!

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A LBM em cartaz: “Abigail” e “Peterloo”

Caros e caras,

Vocês devem ter reparado como as coisas andam diferentes por aqui, não? Há um mês e meio, nossas vidas estão muito mais coloridas e divertidas com o lançamento da nossa nova identidade visual! Nova logo, nova paleta e todo um universo de elementos gráficos que ilustram nossa vida pessoal e de trabalho, da qual nos orgulhamos tanto.

E agora damos mais um passo…

Rufem os tambores!

…com a reinauguração do nosso querido blog, agora carinhosamente batizado de Toca do Mouse! Voltamos à nossa programação de posts com nossas estreias nas telonas e telinhas, além de discussões sobre conteúdos relevantes à nossa área. Garantimos que as coisas nunca estiveram tão animadas por aqui.

E vamos aos comentários sobre as duas estreias lbmísticas desta semana, trazidos pela nossa colaboradora Paula Barreto, que trabalhou na legendagem de ambos os filmes.

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PETERLOO

O filme britânico “Peterloo”, com estreia nesse ano de 2019 pela Amazon Studios, marca o 200° aniversário do Massacre de Peterloo, ocorrido em 16 de agosto de 2019. Que você já ouviu falar na Batalha de Waterloo o ratinho sabe, mas e Peterloo? Bom, nada tema, pois o ratinho também dá aula de   história! 

Napoleão quando confundem Waterloo com Peterloo.

O Massacre de Peterloo aconteceu em St. Peter’s Field, uma praça de Manchester, na Inglaterra. Milhares de pessoas se reuniram no local para protestar e pedir por uma reforma parlamentar. A manifestação, de caráter pacífico, foi dirigida pelo famoso orador Henry Hunt, personagem do ator Rory Kinnear (os fãs de “Black Mirror” e “Penny Dreadful” vão reconhecê-lo!). No entanto, as forças militares foram chamadas para intervir, e o que começou como um protesto pacífico terminou em um banho de sangue, com cidadãos ingleses mortos e feridos.

O filme aborda toda a questão política e social que culminou na já citada   manifestação, e por meio dos diálogos dos personagens e dos discursos   feitos pelos grandes oradores apresentados no filme (sempre com muita pompa), o espectador tem acesso a todo o contexto de que precisa para entender o cenário do país na época.

Um tema muito abordado é a injustiça sofrida pelos trabalhadores humildes, que trabalham horas a fio e em condições insustentáveis, mas que não são amparados nem reconhecidos pela Coroa e governo. Há um   sentimento geral entre as camadas mais pobres de querer revidar, tomar o que é seu por direito, ter voz e reconhecimento.

Cena de “Peterloo”: qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência.

Apesar do filme se passar lá em 1819, as reflexões políticas apresentadas pela obra se mostram muito atuais, fazendo o expectador ponderar sobre o sistema em que está inserido e até que ponto ele é ou não justo. É um prato cheio para quem quer assistir a um filme mais politizado e denso, que faz   o espectador sair do cinema cheio de exclamações na cabeça. Apesar de longo e trabalhoso, nó adoramos a experiência de fazer a tradução desse filme e aprender um pouco mais de história mundial.

ABIGAIL E A CIDADE PERDIDA

É impressão minha ou essa russa tá igualzinha à Amanda Seyfried?

Ainda nesta quinta, estreia nas telonas brasileiras o filme “Abigail e a Cidade Proibida”.  A fantasia russa conta a história de Abigail, uma moça que mora em uma cidade isolada do resto do mundo por uma fronteira devido a uma grave doença infecciosa. A doença misteriosa e contagiosa afeta cada vez mais moradores da cidade, que são levados à quarentena. Assim foi o caso do pai de Abigail, que foi levado quando ela ainda era pequena. Tendo que sobreviver a um ambiente hostil sem a presença do pai, a quem era muito ligada, nossa protagonista acaba descobrindo um dom especial e poderoso – que o ratinho não vai dizer qual é para atiçar a   curiosidade de vocês! Com um visual steampunk lindo de morrer e cheio de tecnologias inovadoras, o filme explora de maneira leve temas como abuso de autoridade e poder, controle por meio do medo, o pavor que o desconhecido pode causar e como nem tudo é o que parece ser.

O filme entrelaça a história do presente com cenas de flashback, de quando Abigail ainda era criança e seu pai a ensinava lições de vida que seriam importantíssimas no futuro. A garota, sempre muito atenta e esperta, entendia muito bem os ensinamentos do pai, o que se provará de extrema   importância para a situação na qual ela se encontrará mais tarde. Um desses ensinamentos, disfarçado de história, é que na condição de   seres humanos, devemos sempre saber dizer e ouvir “não” e que nem tudo deve ser do jeito que queremos. É uma lição atemporal que serve não só   para a personagem, mas também para os espectadores. Não sabemos vocês, mas o ratinho adora quando filmes fazem você refletir!

Nossas legendas preferidas do filme!

Para quem gosta de filmes como “Harry Potter” e “A Bússola de Ouro”, esse filme é uma ótima opção! Não deixem de prestigiá-lo nos cinemas, com tradução by LBM feita com muito carinho. Afinal, o audiovisual não é feito só de blockbusters americanos (que a gente também ama), né?

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Aha, uhu! O cinema é nosso! Valeu, Paula.

Prometemos estar por perto aqui no blog, mas não deixem de nos seguir também no Face e na nossa novíssima conta do Insta, a @lbmouse.oficial 😉