Querid@s leitor@s,
O tempo passou e o blog saiu de férias sem dar notícia. Mas tudo bem, Renato, não foi tempo perdido!
O ratinho retorna hoje, em plena segundona, para contar o que rolou no mês de fevereiro e começar a tirar o atraso.
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No mês de fevereiro, tivemos um total de quatro estreias no cinema. No dia primeiro, postamos aqui sobre “Todo O Dinheiro do Mundo” (clique aqui para relembrar a pessoa maravilhosa que foi J. Paul Getty). Já na segunda quinta do mês, os cinemas abriram dois filmes by LBM: a simpática animação “Meu Amigo Vampiro”, cuja acessibilidade foi feita toda por nós, e “O Sacrifício do Cervo Sagrado”, legendado por nossa talentosa equipe. Mas os dois filmes não poderiam ser mais distintos!
“Meu Amigo Vampiro” (PlayArte Pictures) conta a história de amizade entre um vampirinho e um humaninho lá na Transilvânia, uma animação feel-good para entreter a molecada. A produção é baseada nos livros infantis de Angela Sommer-Bodenburg e já havia ganhado um filme live action em 2000. Um desenho no molde clássico, com muita ação – nossa intérprete de Libras teve muito cuidado ao fazer o levantamento dos sons para não se perder na hora da gravação. Em casos como esse, é importante também manter o ritmo de interpretação quando há muitas falas consecutivas, pois, do contrário, fica difícil fazer a sincronia com as falas na pós.
Por outro lado, “O Sacrifício do Cervo Sagrado” (Diamond Films) foi um dos filmes mais macabros que já traduzimos. O filme de terror psicológico é daqueles que te deixa com sensações estranhas em lugares da sua mente que você nem sabia que existia, e você nem sabe o porquê. Também é daqueles que exigem uma bela explicação de um belo crítico de cinema. Mas como não gostamos de spoiler, deixamos aqui essa apresentação do CinePOP que não fala o que não deve.
Avançando para o dia 15, tivemos a estreia de “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississipi” (Diamond Films). Esse filmão maravilhoso nos encheu de orgulho com 4 indicações ao Oscar. Uma das indicações, a de melhor canção original, rendeu uma apresentação ao vivo durante a premiação na voz da incrível Mary J. Blige, que também estava indicada por Melhor Atriz Coadjuvante. Apesar de não ter levado nenhuma estatueta para casa, o filme ganhou o Robert Altman Award no Independent Spirit Award, além do prêmio de Melhor Fotografia para Rachel Morrison do New York Film Critics Circle. O trabalho da diretora de fotografia foi realmente espetacular e por si só já é um excelente motivo para assistir ao filme. Não foi à toa que ela fez história este ano sendo a primeira mulher a ser indicada para a categoria no Oscar (o que diz tanto sobre o talento dela quanto sobre as tendências machistas da Academia). Uma referência mais mainstream de tirar o chapéu sobre o trabalho de Rachel foi sua direção de fotografia em “Pantera Negra”, que me fez ir ao decolar.com procurar passagens para Wakanda.
Para fechar o mês curto, na quinta 22 tivemos a estreia de “A Grande Jogada” (Diamond Films), o longa que conta a história da esquiadora, jogadora de pôquer e alvo de investigação do FBI, Molly Bloom. O filme é longo, com duas horas e vinte de duração, mas é dinâmico, cobrindo muitos eventos e não deixando ponta sem nó. O canal de crítica Meus 2 Centavos resume bem, veja só:
Nossa equipe perseverou e superou quase 2500 diálogos (bendito voice-over) para que o filme fosse exibido nos telões com o glamour e sagacidade que a protagonista merecia. Honestamente, é um sopro de ar fresco assistir a uma biografia feminina que coloca a mulher numa situação de tanto poder e evidencia tantas qualidades. Queremos ver mais disso por aí.
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Voltamos logo mais com as estreias de março e quem sabe um dia não chegamos a abril? :*