A LBM em cartaz: Maio

Car@s leitor@s,

Mais um mês chega ao fim, trazendo consigo a recap da LBM. Maio nos rendeu quatro estreias nas telonas, com destaque para um documentário muito especial.

Para quem ainda não reparou, a entrada do blog da LBM está de cara nova e também mais funcional. Dividimos os posts em categorias para facilitar a busca, já que agora são dois anos de posts no ar! Para cada categoria, o ilustrador Leandro Spett fez uma arte incrível do nosso ratinho:

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Agora, ao entrar pela página inicial, você pode escolher o grupo de posts que deseja visitar. Este post, por exemplo, entra na categoria “A LBM em cartaz”.

Mas chega de papo furado. Vamos lá?

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Semana 1

A primeira quinta de maio já chegou bombástica com três estreias lbmísticas, para compensar o tristonho mês de abril inteiro, que teve apenas uma. A primeira estreia foi a comédia argentina “O Décimo Homem” (Paris Filmes), que conta a história de um rapaz que retorna à Argentina depois de um longo período em Nova York. Tivemos que trabalhar no roteiro em inglês, pois o espanhol chegou em cima da hora. O roteiro em espanhol foi importante para tirar dúvidas, pois algumas partes eram realmente difíceis de entender. Mas deu tudo certo e o filme estreou na data marcada.

A segunda estreia da semana foi “Heróis da Galáxia: Ratchet & Clank”, a animação baseada no jogo de vídeo game trazida pela PlayArte Pictures. Os protagonistas, Ratchet e Clank, são dois heróis improváveis que se unem para ajudar a salvar a galáxia.

A tradução foi supergostosa de fazer e envolveu muita criatividade. O jogo não é traduzido no Brasil, então não havia referência para os termos próprios da saga. Por exemplo, a arma “mag-boost”, um imã gigante superpoderoso, foi traduzido por nós por “meganético” (depois de descartar uma grande lista de opções não tão legais). E assim foi 🙂

O vilão de Heróis da Galáxia, cujo plano é “desplanetizar” a galáxia.

E, finalmente, depois de mais de meio ano de trabalho, o documentário “O Começo da Vida” estreou nacionalmente. O lindo filme que aborda a importância crucial da primeira infância no futuro das pessoas e da humanidade foi um projeto de três anos que chegou às telonas com a intenção de levar informações para a maior quantidade de pessoas possível. Para tal, uma série de ações está sendo lançada para maximizar o alcance. A entrada nos cinemas foi gratuita nos quatro primeiros dias de estreia, seguindo-se um período em que um pagante podia levar um acompanhante sem custo adicional. Além disso, em qualquer cidade onde o filme não esteja em cartaz, é possível organizar uma exibição para um mínimo de cinco pessoas através da plataforma Videocamp. É muito amor! <3

A LBM foi chamada para realizar a tradução do longa para seis línguas: português, inglês, espanhol, francês, italiano e alemão. Foram meses preparando as versões em português e inglês para serem usadas como base para outras línguas, tudo isso em meio a novos cortes e outras alterações. Foi um trabalho feito em total parceria com a diretora Estela Renner e sua equipe, que estavam 100% envolvidos com as legendas do filme.

O doc teve uma emocionante estreia em São Paulo, que contou com a presença de muitas personalidades engajadas na causa da primeira infância, inclusive o prefeito Haddad e sua esposa. No coquetel, pudemos tietar a diretora e tirar uma fotinha, vejam só:

Orgulho de ser parte desse projeto!

O documentário está estreando também pelo mundo afora, e teve sua vez na sede da ONU em Nova York? Legendas em inglês by LBM na ONU! Tá bom ou quer mais?

Mas projeto de O Começo da Vida não se limitou ao longa. A LBM traduziu uma infinidade de micro conteúdos, como trailers, spots e pílulas, que podem ser visualizados na página da Maria Farinha Filmes, além da série de seis episódios que deve chegar à Netflix no começo do semestre que vem. Aguardem!

Semana 4

Pulando para a última quinta do mês, tivemos a estreia de “A Garota do Livro” (PlayArte Pictures), drama protagonizado por Emily Vancamp. O filme está fresquinho em cartaz by LBM, clique aqui para ver as sessões disponíveis.

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Junho já chega com tudo com o congresso anual da Abrates, no qual a LBM apresentará uma palestra superinteressante sobre a versão de filmes brasileiros. Coisa de louco! Voltamos muito em breve com um post especial sobre o congresso 🙂

Daredevilish Subtitling II

Querid@s,

Voltamos saltitantes para mais uma edição de Daredevilish Subtitling, espaço dedicado a dar visibilidade a soluções ousadas de legendagem. Se você não leu a primeira edição ou quer relembrar, clique aqui.

Nesta edição trazemos novamente três exemplos. Desta vez, no entanto,  além de um exemplo lbmístico, apresentamos ousadias de uma tradutora de cinema diva misteriosa e também de um querido colaborador. Preparad@s?

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Exemplo ousado #1

Para reafirmar a ousadia do ratinho, trazemos uma solução do filme “Um Amor a Cada Esquina”. O filme foi traduzido para os cinemas em parceria com a Mares Filmes no segundo semestre do ano passado, tendo sido uma comédia de sucesso. Apesar de não ter nada a ver com ele, lembra um pouco os moldes cômicos do Woody Allen.

A protagonista narra para uma entrevistadora durante o filme a história inusitada de como foi de garota de programa a atriz estelar. Falando sobre sua infância, surge algo curioso sobre “colas em bastão” (glue stick) ou algo parecido com isso:

E a narrativa segue. Muitas piadinhas para lá e para cá e, de repente, descobrimos que o nome de acompanhante da protagonista é “Glow Stick”!

Sim, Clô Pritt. O nome segue se repetindo filme afora, como em seguimentos como este:

O que vocês teriam feito?

 

Exemplo ousado #2

Nosso amado colaborador, gerente e amigo João Artur nos enviou um exemplo que nos fez rir muito. Em sua tradução do filme “Deu a Louca na Chapeuzinho 2”, ele teve que fazer uma certa ginástica achando soluções. Segundo ele, as personagens do filme tinham um lance com confeitaria e surgiam jogos de palavras. Vamos dar uma olhada numa dessas situações:

Genial! Ele nos contou que “pirou na batatinha” era outra opção talvez mais acessível, pois nem todos conhecem o bolo cuca. Mas resolveu ousar para manter o jogo de palavras minimamente açucarado. Arrasou.

Exemplo ousadíssimo #3

Para fechar com chave de ouro, trazemos um exemplo ma-ra-vi-lho-so e ousado-põe-ousado-nisso. A autora é a tradutora para cinema Marina Fragano Baird, que também traduziu franquias de peso como “Harry Potter” e “Senhor dos Anéis”, sendo uma personalidade bastante discreta, mas cultuada no meio. Outro detalhe biográfico relevante de sua biografia é que ela é minha tia.

Há algum tempo, fui ao cinema assistir “Amante a Domicílio”, cumprindo com meu dever de fã obsessiva do Woody Allen. Coincidentemente, a trama também envolve prostituição light, mas dessa vez se trata de um gigolô por acaso, que vira o queridinho de algumas mulheres ricas e deslumbrantes da cidade. Em conversa pré-ação, Sophia Vergara conta para ele algumas coisas que ela gosta de fazer:

Esse é um dos casos em que ler a legenda tem muito mais graça do que ouvir e entender o original. Segundo minha tia, nem seus filhos conheciam o termo – confirmando total ousadia.

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Chegamos ao fim desta edição com o coração cheio de ousadia renovada para os próximos trabalhos. Por favor, não deixem de nos enviar seus exemplos ousados, contamos com a colaboração de tod@s! Podemos ajudar na legendagem do vídeo se isso for um problema 🙂 Escrevam para blog@www.littlebrownmouse.com.br/toca-do-mouse

Até a próxima!

Dos kung-fus e faroestes aos filmes pornôs

Caras e caros, voltamos para a segunda edição de guest posts. Desta vez,  ele, the one and only, sócio-pai, também conhecido como Claudio Fragano.

Como vocês já sabem, o sócio-pai já trabalha como tradutor para cinema há mais de 40 anos e tem muita história para contar. Para além de especificidades de tradução, ele é muito versado nos meandros da indústria cinematográfica. Sendo assim, ele consultou seu banco de dados de evidências anedóticas e nos escreveu um breve relato imperdível. Vamos lá?

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Voltando um pouco na minha trajetória como tradutor, lembro o período do fim da década de setenta e começo da década de oitenta, em que começaram a proliferar os filmes de faroeste e kung-fu. Foi um período fantástico em termos de produção, pois a quantidade desses filmes era muito grande e eram, em geral, muito pouco falados: a grande maioria dos faroestes era italiana, os chamados faroestes espaguete, e os filmes de kung-fu eram pura ação. Eram filmes bem diferentes dos de hoje, pois se passavam em aldeias, apesar da história girar invariavelmente em torno do mesmo tema: a vingança, assim como nos faroestes.

Saudades do Clint antes de entrar para o Partido Republicano.

O único problema era que quase todos os filmes de kung-fu eram falados em chinês, e vinham com lista de diálogos em inglês ou até mesmo sem lista. Naquela época, fazíamos a pietagem dos filmes em nossa moviola, ou seja, indicávamos para o laboratório a posição das legendas. Conseguimos na ocasião a inestimável colaboração do Liu que nos ajudava tanto na tradução dos filmes sem lista de diálogos como na marcação de todos eles. Uma breve pausa para falar sobre o Liu: ele era sobrinho de um chinês que também fazia importação de filmes chineses para o Brasil. Na verdade, a dele era a pintura, mas, por causa do conhecimento da língua, fizemos dele nosso colaborador. Percebíamos que muita coisa era “chutada” ou faltava alguma coisa, pois a mesma legenda ficava muito tempo na tela. Por isso a ajuda dele era tão bem-vinda. A verdade, no entanto, era que ninguém ligava muito para as falas nesses filmes. Mas, como tudo que é bom dura pouco, a onda passou.

Infelizmente, o sócio-pai não se lembra de nenhum título. Mas ele diz que era algo bem parecido com isto.

Mas eis que mamata semelhante volta a aparecer no fim dos anos oitenta e começo dos anos noventa. Chegam os filmes pornôs, cuja destinação são algumas salas específicas no centro da cidade. Dentre estas, a de maior destaque são as duas salas do Cine Art Palácio na Avenida São João. Antes de falar mais especificamente desse nicho, vale lembrar uma curiosidade. A princípio, a exibição desses filmes era proibida pela Censura (hoje denominada Classificação Indicativa), o que obrigava os distribuidores a entrar com a liminar para poder exibir tais filmes. Essas liminares costumavam ser concedidas e cassadas depois de algum tempo. Mas o tempo que ficavam em vigor era suficiente para que o filme cumprisse sua trajetória nas salas de exibição.

Hoje só tem igreja!

Nos primeiros tempos, a afluência de público era imensa, o que fez com que surgissem muitas distribuidoras que se dedicavam exclusivamente a esse segmento. Vinham filmes pornôs de diversos países, como Estados Unidos, Itália, França, Alemanha, etc. Por um bom tempo, ocuparam grande espaço em nossa lista de trabalho, pois além da grande quantidade de filmes, eram pouco falados e muito fáceis de se traduzir (por que será?), embora, como dá para imaginar, sempre muito repetitivos. Havia ainda pequenos distribuidores que se preocupavam com a qualidade da tradução de seus filmes. Lembro que numa visita a um desses pequenos distribuidores, na Rua do Triunfo, a quem haviam indicado meu nome para tradução, em determinado momento da entrevista, o distribuidor me perguntou: “Você tem a mente pornográfica?” Hilário.

Mas esse filão, apesar das tentativas de alguns produtores de romantizar mais as histórias, tinha seu tempo de vida contado e durou uns quatro ou cinco anos, para azar dos pequenos distribuidores que se dedicaram exclusivamente à importação desse gênero de filme, pois tiveram que fechar suas portas.

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A LBM nunca traduziu filme pornô, mas temos experiências com muitos outros gêneros cinematrográficos! Quer saber mais sobre nosso portfólio? Clique aqui!

A LBM em cartaz: Abril

Amig@s leitor@s,

Chegamos ao recap do mês de abril. Parece que passou tão rápido!

O mês de abril foi magriiiinho de lançamentos, apenas um! Então vamos lá? Sobra mais tempo neste domingão para ir ao cinema ver…

O DONO DO JOGO (PlayArte Pictures)

O drama sobre a vida do grande mestre do xadrez Bobby Fischer chegou aos cinemas nesta última quinta, dia 28, para salvar o recap de abril da morte. Em termos de tradução, o filme não apresentou nenhum desafio de cair os cabelos, mas estávamos sempre de olho na terminologia específica do esporte. O sócio-pai, enxadrista tarimbado amplamente desconhecido, validou nossas escolhas terminológicas. Enxadrista, a propósito, foi termo polêmico no processo (da série “questões aparentemente sem importância que assolam a mente do tradutor”). O termo, embora correto, nos parecia empolado e um tanto velho, mais comum sendo obviamente “jogador de xadrez”, mas que ocupava um espaço absurdo na tela. Resolvemos criar um equilíbrio entre o uso das duas opções. Quem assistir nos cinemas, deixe um comentário contando o que achou.

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Aproveitando o vasto espaço que sobrou, vamos contar para vocês um pouco mais sobre os eventos de tradução que vão rolar neste primeiro semestre. Lembrando que os eventos são abertos a qualquer interessado, então se você não é tradutor mas está querendo entrar no mercado de trabalho, será muito bem-vindo.

VII Congresso da ABRATES 

O congresso anual da ABRATES será nos dias 3, 4 e 5 de junho no Rio. Trata-se de um congresso profissional, que junta tradutor@s muito experientes com iniciantes e rola muitos contatos e aprendizado. Clique aqui para conhecer @s palestrantes, os convênios com hotéis e realizar a sua inscrição.

Este ano, o ratinho vai palestrar. Aguardem 😉

Cursos pré-congresso

Este ano, a Associação está lançando com o apoio do Café com Tradução algumas rodadas de cursos que vão acontecer antes do congresso. Com temas variados que vão de MemoQ a dublagem, participantes podem aprender coisas novas ou aprimorar seus conhecimentos a preços módicos. Para saber mais, clique aqui.

Prova de credenciamento ABRATES

Também em junho, @s tradutor@s terão a oportunidade de ter suas habilidades atestadas pela Associação. As provas ocorrerão durante o congresso e são divididas por pares linguísticos e temas, tudo escolhido pel@s tradutor@s. Clique aqui para ver como funciona e se inscrever. Atenção: o credenciamento é apenas para tradutor@s associad@s.

Convênio Coworking

Por iniciativa do Pronoia Tradutória, a ABRATES e  SINTRA estão com convênio com vários espaços de coworking no Rio. Para quem quiser conhecer e se conectar, o congresso em junho será uma boa oportunidade. Veja os espaços conveniados até agora:

TRADUSA

O encontro dos tradutor@s especializad@s na área de saúde ocorre neste mês de maio, nos dias 22 e 23 aqui na capital paulistana. A programação inclui palestras, mesas-redondas e discussões e é uma grande oportunidade para quem traduz materiais relacionados a medicina e afins. Clique aqui para visitar o site do encontro e se inscrever.

VI Conferência Brasileira do ProZ.com

Dando um salto até o próximo semestre, já foi anunciada a próxima conferência da ProZ aqui no Brasil, que acontecerá nos dias 23, 24 e 25 de setembro lá em Curitiba. O evento é uma escolha óbvia para quem tem uma base de clientes advinda do site ou quer ter. Além disso, nunca dispense uma ida a Curitiba. Acesse aqui o site da Multitude para saber mais.

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